domingo, 11 de dezembro de 2011

Vontade de transar com alguém

Ontem (apesar de eu ainda não ter dormido) eu acordei com uma agitação enorme, vontade de pular da janela; tentei falar com o meu psiquiátra, só consegui mais tarde, questionei se a agitação não era em função do novo remédio: Lexapro. Ele me disse que achava que não e me pediu para esperar um pouco mais. Neste momento sou cobaia: se o remédio funcionar, bem, se não funcionar, eu que me ferro. Detalhe: eu estava bem sem o remédio. Estava bem sem nenhum remédio, porque como eu tinha tentado o suicídio, ingerindo uma quantidade grande de remédios, precisei ficar sem eles. E foi bom. Mas o psiquiatra me receitou outro. Por que ele não esperou eu ficar sem remédio, para ver se eu estava precisando?

O que me incomoda, neste momento, é, além da agitação, uma energia sexual muito grande. Reprimida, pois não encontro com quem satifazê-la. Vontade de transar com alguém. Vontade Contratar um michê? Cadê coragem? Nem que seja para exbi-lo aos amigos, que saberão, pela pinta de michê, tratar-se de um michê, mas que verão alguém comigo. Porque namorado eu já desisti de ter. Desisti, não, mas acho impossível, quase impossível. Em mais de 30 anos eu nunca tive nenhum. Hoje tô querendo alguém. Só a masturbação não basta.

Tomei mais umas gotinhas de Rivotril. Quem sabe não encontro o meu príncipe encantado no sonho? Difícil vai ser na hora de acordar e me deparar com a realidade. Quem sabe eu não vá dormir pensando em um mantra do tipo "sou atraente e conseguirei namorado" e acorde acreditando nisso. Quem sabe...

domingo, 4 de dezembro de 2011

Ódio

Estou no aniversário de um parente. Um ano. Engraçado, não contei a ninguém sobre a tentativa de suicídio, mas parece que todos já sabem. Neste exato momento tem uma mulher ao meu lado, querendo puxar assunto. Mas eu quero ficar sozinho! Agora ela levantou e se tocou. Eu vim para o aniversário, cumpri com o meu dever social. Agora, não queiram me obrigar a sorrir o tempo todo, tendo em vista que eu saí do hospital terça-feira.

Um cara que eu acho lindo sentou ao meu lado e falou sobre a vida dele. Os problemas dele. Tentei desabafar, contar sobre os meus problemas, mas não deu. Ele queria apenas falar. Engraçado, não sei se ele sabe do que aconteceu, mas tem gente que sabe. Porque um dos convidados saiu da festa dizedo: se der mole outra vez eu te dou porrada. Como assim? Quem contou a ele. Terá sido o meu pai?

Estou irritado com isso. É uma falta de respeito, uma invasão de privacidade. Quero voltar para casa. Na verdade, quero voltar para a minha casa, para o meu apartamento, quero sair desssa porra desse salão de festas de merda.

Mas tenho que esperar o meu pai fazer sala pros amigos. Que saco, viu? Ele não parou, em moemnto algum, pra perguntar se estou bem.

Detalhe: antes de tentar o suicídio me aborreci em função de uma fofoca que foram fazer para o meu pai. Meu pai sabe. Mesmo assim o fofoqueiro estava na festa. Vontade de matá-lo. Ele foi embora. Nãos sei se falo com meu pai ou não. Estou com raiva.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Nem dopante me dopa...

Estou ansioso. Será ansiedade? Estou tenso. Será tensão? Sinto que uma bomba pode explodir dentro de mim a qualquer instante. São 05h11 eu ainda não dormi. Esta é a minha terceira noite no apartamento do meu pai, após a minha tentativa de suicídio. Fiquei sabendo ontem, já que hoje já é sexta-feira, apesar de eu não ter dormido, que o meu psicanalista vai viajar e só voltará na quinta-feira que vem. Até lá, se eu ficar mal, foda-se! Fiquei puto da vida quando soube que ele vai viajar. Logo agora que eu tentei me matar? Posso esperar até quinta-feira que vem (seis dias) para ficar mal, ou melhor dizendo, pior do que estou. Posso?

É brincadeira, o cara resolve viajar logo agora. Ele já deveria estar com viagem programada, não sei. Não me avisou com antecedência. Às vezes penso: acho melhor trocar de terapeuta. Devo fazê-lo. Mas cadê coragem? Parece que estou refém dele. E olha que não é de hoje que tenho essa relação de amor e ódio com ele. Medo de mudança? Desconforto com as mudanças que o tratamento com ele me proporcionaram? Medo de continuar algo, já que sempre paro tudo pela metade? Tantas perguntas em minha mente.

Tantas perguntas e minha mente mente, engana, diz que é e não é. Eu acho que é e já foi, não foi, será. Será? Quanta confusão. Vontade de ligar para o psicanalista. Mas ele vai viajar. Ele não vai deixar de viajar por minha causa. No máximo vai mandar uma mensagem me dizendo: ok, estou aqui, qualquer coisa liga. Complicado, viu? Preciso contar tanta coisa a vocês do blog. Como foi esse tempo em que estive afastado. O que me motivou (será que eu sei mesmo?) a tomar a decisão de tentar me matar. E o que me motivou a pedir socorro. Falando em socorro, preciso ligar para o psicanalista. Vou ligar agora. Tomei Rivotril (recomendado pela psiquiatra que está substituindo o meu psiquiatra, que está doente), estou ficando cansado, mas tenso. Vou enviar mensagem ao meu psicanalista, afinal, prometi ficar em contato. Mesmo que seja pela porra do celular.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Tempos difíceis

Olá para quem me lê. Alguém me lê? É que já abandonei este blog tantas vezes, que tenho dúvidas quanto a fidelidade dos leitores. Mas blog é assim mesmo no começo (correto?), como se a gente estivesse escrevendo para o nada. Mas vamos ao que interessa.

Tentei me matar. Foi no domingo. Estava bem. Estou morando sozinho, não vou contar toda a minha história desde o último post até agora, pelo menos neste post, mas prometo fazer um resumo depois. O fato é que na madrugada do último domingo, tomei vários remédios para dormir (prefiro não dizer os nomes) e anti-depressivos. Mandei mensagem para o meu psiquiatra e para o meu terapeuta. Acabei sendo salvo. Acho que no fundo era isso que eu queria: uma quase despedida. Mas o fato é que coloquei a minha vida em risco.

Acabei sendo internado no hospital. Fizeram lavagem estomacal (uma coisa horrível, que não recomendo a ninguém) e agora que estou fora do hospital, a recomendação do psiquiatra e do terapeuta é que eu fique em observação, com acompanhantes, por um tempo. Tempo indeterminado. Como a equipe que a psiquiatra conhece só está disponível na semana que vem, estou no apartamento do meu pai. É que eu poderia escolher entre uma equipe de enfermeiros psiquiátricos ou ir para o apartamento do meu pai. Então vim para cá. Acontece que aqui não vivi bons momentos no passado. Agora estou sendo muito bem tratado, mas não posso esquecer o que aconteceu no passado. Vou escrever sobre tudo isso mais tarde e deve ter algo nos posts anteriores.

Por enquanto, tudo muito sem nexo, sem sentido, perdido. Estou desconectado da vida. Preciso buscar motivações externas, para tentar mudar o meu interior. Porque esse lance de força de vontade, força iterior, comigo não está colando. Caso contrário, não teria feito o que fiz no domingo. Parece que estou escuro por dentro. Nunca me senti assim. O pavio não acende. Está tudo bem complicado.

sábado, 23 de abril de 2011

Voltei

Não dormi. Estou confuso. São 17h11 e acho que vou pifar. Sei que acordarei mais tarde, no meio da noite preta. Noite preta... Quero escrever, mas o cansaço é grande. Vou tomar um banho e dormir um pouco.